Este é o primeiro dos três túneis que preparam a Zona Portuária para a demolição da Perimetral
O prefeito Eduardo Paes participou, nesta quarta-feira, dia 21, do início das obras de construção do Túnel da Saúde, o primeiro dos três túneis previstos no Projeto Porto Maravilha que vão viabilizar a derrubada do Elevado da Perimetral, a partir de 2013. Essa é a primeira obra da segunda fase de revitalização da Zona Portuária.
A abertura do túnel, que terá 70 metros de extensão e cruzará o Morro da Saúde, faz parte do Binário do Porto, uma via paralela à Avenida Rodrigues Alves que será construída para absorver o tráfego da Perimetral. Também faz parte do Binário outra via subterrânea que começará a ser construída em outubro e terá 1,1 km de extensão, ligando a Rua Primeiro de Março à Via Trilhos (antiga linha férrea hoje desativada), passando sob o Morro de São Bento e voltando à superfície na altura da Avenida Barão de Tefé. No projeto Porto Maravilha está prevista ainda a abertura do Túnel da Via Expressa, que vai passar sob a Avenida Rodrigues Alves e deve começar em novembro.
Acompanhado do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), Jorge Arraes, e de representantes dos consórcios, o prefeito falou sobre a importância dessas obras para a requalificação da região portuária:
- Essa aqui é mais uma das grandes transformações pelas quais o Rio de Janeiro vai passar. É uma região central da cidade que esteva abandonada durante anos, uma história que ouvimos falar durante 30, 40 anos que está se tornando realidade. A primeira fase já fica concluída no ano que vem. E hoje iniciamos as obras que vão permitir à prefeitura começar a demolir o Elevado da Perimetral. Vamos recuperar completamente essa região – afirmou.
As obras de construção do Túnel da Saúde não causarão transtornos imediatos ao tráfego da Avenida Rodrigues Alves. As intervenções e serviços, realizados pelo Consórcio Porto Novo numa área de 5 milhões de metros quadrados e com investimento estimado em R$ 7,6 bilhões, é financiada pela venda dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) e não tem custo para a Prefeitura do Rio.
- Essa é mais uma daquelas lendas urbanas do Rio de Janeiro, de coisas que pareciam impossíveis de acontecer. Ninguém acredita, mas a Perimetral vai de fato cair. E não tem um “tostão” saindo do imposto da população nessa história, pois todos os recursos para esta segunda fase são privados. É uma operação urbana consorciada, a maior Parceria Público-Privada do Brasil. É importante as pessoas entenderem que essa obra é toda paga com recurso privado. O que a prefeitura fez foi vender o potencial construtivo, ou seja, o direito de construir nessa área – explicou o prefeito.
Com três pistas em cada sentido e 3,5 km de extensão, o Binário do Porto vai assumir o papel de via de distribuição do tráfego ao longo da Região Portuária. Aproveitando-se das antigas rotas dos trens que cruzavam a região dos armazéns, ele vai conectar as ruas Equador e General Luís Mendes de Morais e também as avenidas Venezuela e Barão de Tefé. O Elevado da Perimetral, hoje com várias saídas para o Centro da cidade, será parcialmente demolido. A Avenida Rodrigues Alves, que recebe o fluxo da Avenida Brasil e da Ponte Rio-Niterói, também passará por grande alteração, deixando de oferecer saídas em sequência e transformando-se numa via expressa. Ela ganhará mais uma faixa em cada sentido para ampliar a capacidade de tráfego em mais de 50%. Assim, quem sai do Centro com destino à Avenida Brasil, Região Serrana, Niterói ou Região dos Lagos terá um caminho direto, sem interrupções.
O prefeito ressaltou ainda algumas intervenções em andamento na Região Portuária:
- A primeira fase do projeto já é uma realidade, basta passar pelas avenidas Barão de Tefé e Venezuela, Morro da Conceição e Rua Camerino para ver a quantidade de obras que já acontecem ali. Além dessas, já começamos as fundações do Museu do Amanhã (espaço dedicado à ciência e à tecnologia), e, provavelmente até o fim do mês, iniciaremos as obras de construção do prédio do museu; o Museu de Arte do Rio (espaço para exposições permanentes e temporárias, midiateca, auditórios e pátios de aprendizagem que irão promover a integração entre arte e educação), na Praça Mauá, está praticamente pronto; a Escola do Olhar (grande espaço no prédio do Palácio D. João VI, voltado para os professores da rede pública do ensino municipal) também já está entrando em obras; e os galpões abandonados da Gamboa já estão sendo recuperados. São obras de infraestrutura que infelizmente causam transtornos agora, principalmente no trânsito, mas que são fundamentais para melhorar a vida das pessoas.
0 comentários:
Postar um comentário