23 de ago. de 2011

CAP 1.0 PRESENTE NO 12º SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLÓGICO

O 12º SICONBIOL, que foi realizado no período de 18 à 21 de julho no Anhembi - SP, teve como tema “Mudanças Climáticas e Sustentabilidade” e contou com a representação da CAP 1.0 pelos Agentes de Vigilância em Saúde, Aridenilson Vilas Boas (Supervisor Geral do Setor 01) e Daniele Pessanha Florêncio (AVS), proporcionado pela Coordenadora Drª Carla Bianca Nunes.

Na mesa de abertura, em um apanhado geral, falou-se de como as mudanças climáticas vêm afetando a vida do ser humano e propiciando a proliferação desenfreada de hospedeiros e agentes patógenos (vetores e pragas). O assunto inicial abordou o vetor piolho, que é um dos mais antigos do mundo, pois foram encontrados vestígios em pentes da época de Cristo nos desertos de Israel, em múmias egípcias de 3.000 A.C. e em múmias no Perú. No decorrer dos anos 50, esses vetores tornaram-se, em muitos países uma verdadeira praga que levou ao uso indiscriminado de controle químico. O controle biológico veio a ser o método de controle mais eficaz e menos prejudicial à saúde humana, passando assim, a ser utilizado nas décadas de 80 e 90, porém, com efeito mais lento que o químico.




Quanto ao assunto Dengue, especialistas afirmaram que o controle realizado com BTI (Bacillus Thuringiensis Israelensis), que é um larvicida biológico, além de muito seguro, ainda é muito eficiente, já que é quase impossível que o Aedes Aegypti consiga obter resistência a esse produto, uma vez que este possui 04 protoxinas (Cry 11Aa/70 kDa, Cry 4Aa/125 kDa, Cry 4Ba/130 kDa e Cyt 1A/28 kDa). A toxidade se dá por meio de ingestão, as larvas ao se alimentarem com esses cristais criados por meio de esporulação, morrem por inanição. O BTI hoje pode ser chamado de Bio-inseticida, pois tem sido utilizado no controle de várias espécies de pragas (lagartas, moscas, mosquitos, dentre outras). Muitos métodos de controle vêm sendo utilizados com bactérias, bacilos e também com parasitoides para combater as pragas alvo. O Manejo Integrado de Pragas (MIP), tendo por base também o controle mecânico, que é um aliado fundamental para o sucesso absoluto de qualquer técnica de controle de pragas.

A experiência bem sucedida do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo, no Rio Pinheiros mostra que o uso de BTI (09 meses) alternado com Diflubenzuron (03 meses) está sendo eficaz no controle de Cúlex quinquefasciatus.

* OBS.: a Walbachia é uma bactéria e vem sido utilizada também no controle de alguns artrópodes

0 comentários:

Postar um comentário